quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Estudo revela excelentes resultados ambientais no Pan Rio 2007


Divulgação
Vila do Pan tinha estação de tratamento

Em termos ambientais, o Rio 2007 também apresentou grandes resultados. Foi o que se pôde comprovar a partir da divulgação do inventário de emissão de gases de efeito estufa dos Jogos Pan-americanos desenvolvido pela COPPE/UFRJ.

De acordo com o estudo, as medidas de compensação e de atenuação dos gastos energéticos, junto com a utilização de fontes renováveis, garantiram drástica redução de emissões, baixa contribuição ao aquecimento global e oportunidades de neutralização de carbono proveniente do evento.

Para promover os Jogos de forma ecologicamente equilibrada, uma estratégia organizacional - pioneira em eventos esportivos - foi adotada, com diversas ações de minimização de impacto. Entre elas, o reflorestamento de áreas verdes, o gerenciamento de lixo (coleta seletiva, reciclagem de óleo de cozinha, reutilização de resíduos de construção) e de energia (frota oficial com combustíveis alternativos), a confecção de uniformes parcialmente reciclados, os critérios rígidos para aquisição de produtos de madeira certificada e outras.

- Conseguimos grandes avanços, como a inserção dos atletas no contexto da reciclagem de lixo orgânico, a transformação de esterco de animais em fertilizante e a reutilização da água da chuva, entre outros. Podemos dizer que deixamos outro legado, o ambiental, referente à organização de grandes eventos - conta Luiz Eduardo Pizzotti, coordenador de Meio Ambiente da Secretaria Especial Rio 2007, atual coordenador de proteção ambiental da prefeitura.

Na verdade, mesmo antes de começar, o Rio 2007 já apresentava enormes vantagens comparativas em relação a outros grandes eventos esportivos internacionais. A explicação é que a parcela renovável da matriz energética brasileira anula o seu ciclo natural do carbono. Como realizou uma série de outras medidas, pode-se dizer que o Pan-americano promoveu uma redução drástica de emissão de gases.

Em relação às atividades voltadas para neutralização de carbono, as mais evidentes são a de reflorestamento. Por isso, uma das ações prioritárias dos Jogos - o cultivo de 100 mil espécies nativas da Mata Atlântica em 40 hectares, chamado de Corredor Verde - já começou. A medida vai compensar o equivalente a 16000 t de gás carbônico e reintegrar o Parque Nacional da Floresta da Tijuca ao Parque Estadual da Pedra Branca, o que possibilitará regenerar e aumentar ainda mais a maior floresta urbana do mundo.

Outra informação relevante é a comparação direta de impacto ambiental do Pan-americano com a dos Jogos Olímpicos de Inverno de Turim, realizados em 2006. Os dados revelam que o evento brasileiro emitiu aproximadamente a quarta parte de gases do que o italiano, mesmo contando com três vezes mais pessoas presentes. A constatação se deve, principalmente, à diferença de abrangências - um tem proporções mundiais, o outro, continentais - e, também, à matriz energética utilizada no país.

A metodologia aplicada na análise foi a do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) para elaboração de inventários de emissão de gases de efeito estufa, com adaptação do caso específico de atividades em escala municipal, mais precisamente do estudo da cidade do Rio de Janeiro (COPPE, 2000 e 2005).

Um comentário:

  1. PARABÉNS !!! PELO BLOG!!! ESTA MUITO LINDO! CONTINUE SENDO ESTA PESSOA QUE VC É. E ESPERO ESTAR NA SUA LISTA DE DE AMIGOS. ABRAÇO!

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